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  • Foto do escritorEquipe Negócios

Afinal, o que é ESG?

O que significa e como o termo surgiu?


ESG (environmental, social, governance) traduzido do inglês: ambiental, social e governança, em português ASG (ambiental, social e governança) nada mais é do que uma sigla reconhecida mundialmente como um sinônimo de sustentabilidade, principalmente por ter sido incorporado dentro do mercado financeiro e corporativo. Englobando sustentabilidade ambiental, social, empresarial e econômica, significa, em outras palavras, que adotar práticas ESG na empresa traz comprometimento relacionado à preservação ambiental, minimizando seus impactos negativos no meio ambiente, ajuda a propagar e consolidar uma sociedade mais justa enquanto se exerce um trabalho responsável, transparente, financeiramente saudável e lucrativo. 


O termo ESG surgiu pela primeira vez em um relatório de 2004, da Organização das Nações Unidas (ONU), chamado Who Cares Wins (Ganha quem se importa). Aos poucos as empresas foram mudando a visão de um capitalismo de shareholder (que visa o lucro) para um capitalismo de stakeholder (que visa todas as partes interessadas como um todo). Stakeholders são todos os grupos que de alguma forma estão ligados e são impactados por uma empresa, podendo ser resumidos em colaboradores, acionistas, fornecedores, clientes e comunidade.


Em 2018, o CEO da BlackRock, a maior gestora de ativos do mundo com 9 trilhões de dólares em ativos, Larry Fink, endereçou uma carta ao mercado financeiro pronunciando que dado à crise mundial de emergência climática, se nada fosse feito a respeito, o planeta Terra estava caminhando para sua autodestruição. Fink, então, declarou ser imperativo que as grandes empresas começassem a adotar práticas sustentáveis, e que por essa razão, a BlackRock estaria gradativamente pivotando seu portfólio para uma carteira unanimemente comprometida e alinhada com esses valores.


Ambiental


Busca por alternativas capazes de auxiliar na neutralização dos impactos negativos ao meio natural, objetivando ainda uma abordagem regenerativa em um nível de desenvolvimento e comprometimento maior. Alguns mecanismos que têm ajudado a evolução da sustentabilidade em seu pilar ambiental vão desde a transição energética, passando pela redução na emissão de gases poluentes e agravadores do efeito estufa, chegando até  um bom gerenciamento de recursos naturais, e adoção de práticas circulares, minimizando a geração de resíduos sólidos e melhorando as porcentagem de descartes ambientalmente adequados.


Social


Busca por equidade social através da aderência aos direitos trabalhistas, resguardo à saúde e segurança dos colaboradores no ambiente de trabalho, valorização da diversidade e inclusão, comprometimento com remuneração justa e dignidade de seus funcionários, assim como atuação junto à comunidade na qual a empresa está inserida visando seu desenvolvimento, e posicionamento da empresa em causas e projetos sociais e responsabilidade para com os clientes em relação ao oferecimento de produtos adequados, que não representam riscos.


Governança


Busca por ética na instituição, através da adoção de políticas institucionais para o controle das operações e comportamento, como práticas anticorrupção, lavagem de dinheiro e trabalho escravo, etc,, da transparência na política de remuneração, da valorização da prestação de contas e da responsabilidade corporativa, e veracidade das informações de produtos e processos da empresa.

Afinal, nenhuma empresa consegue gerar impacto socioambiental positivo, no longo prazo, sem governança. Dificilmente a emoresa terá foco no longo prazo, conseguirá usar os recursos da melhor maneira possível, e terá um bom relacionamento com stakeholders. 


Por que ESG é o futuro?


Uma das razões principais para o crescimento da abordagem ESG é a urgência em enfrentar as mudanças climáticas. Segundo as Nações Unidas, a fim de limitar o aquecimento global a 1,5ºC em relação aos níveis pré-industriais, as emissões de carbono precisam ser reduzidas em 45% até 2030 e zeradas até 2050. Mais de 70 países, que representam cerca de 76% das emissões globais de carbono, já comprometeram-se com metas de emissão líquida zero.


Nos próximos anos, é provável que surjam novas regulamentações, exigindo que os principais emissores invistam em processos inovadores, suportem os custos de neutralização de suas emissões ou arrisquem perder espaço para produtos e processos mais ecologicamente corretos. A regulamentação sobre emissões de carbono afeta setores de maneiras distintas, apresentando riscos para alguns e oportunidades para outros. No entanto, as emergências ambientais não se limitam apenas às emissões de carbono, incluindo também questões como escassez de recursos hídricos, perda de biodiversidade e gestão de resíduos, destacando a importância do envolvimento do setor privado nessa agenda.


Juntamente com o tamanho e a importância das empresas, vêm também responsabilidades expandidas. Enquanto, no passado, as empresas poderiam se concentrar apenas em crescimento e lucratividade, hoje o papel delas na sociedade é mais abrangente. Empresas que adotam práticas ESG enfrentam menos riscos de envolvimento em questões legais, trabalhistas e fraudes; experimentam redução nos custos operacionais e ganhos de produtividade; conquistam a fidelidade de clientes que valorizam produtos e serviços sustentáveis; aprimoram a imagem e reputação da marca; têm acesso a linhas de crédito verde; e alcançam melhores índices de satisfação, atração e retenção de talentos.


Além disso, organizações que incorporam estratégias ESG estão mais propensas a atrair investimentos adicionais, pois investidores têm preferido direcionar recursos para empresas que já internalizaram essas práticas. Há também uma maior probabilidade de aumento da rentabilidade, uma vez que a adoção dessas práticas implica um rigoroso controle financeiro, resultando em um desempenho superior da empresa nesse aspecto. Outro aspecto crucial é a mitigação de riscos, uma vez que a adesão à agenda ESG reduz riscos legais, regulatórios e trabalhistas, como a possibilidade de multas ambientais ou processos judiciais relacionados ao trabalho. Isso ocorre porque os critérios ESG também promovem a valorização dos colaboradores, resultando em uma relação mais positiva entre eles e a empresa.


Como começar a adotar práticas ESG?


ESG

Para uma empresa ser adotar uma abordagem ESG, e preciso se atentar aos seguintes pontos:


Para adotar uma abordagem ESG, uma empresa deve atentar para alguns pontos fundamentais:


1. Reconhecer o propósito da empresa e entender qual a sua contribuição no meio ambiente e sociedade, considerando a lacuna que seria deixada caso a empresa não existisse mais.


2. Realizar uma análise completa das emissões de carbono em todas as áreas operacionais (escopos 1, 2 e 3) e estabelecer objetivos de redução em conformidade com as melhores práticas, como as Metas Baseadas na Ciência (SBTi).


3. Investir na construção de relacionamentos sólidos com clientes, fornecedores, comunidade, e todas as outras partes interessadas,promovendo boa comunicação e identificando as preocupações específicas de cada grupo em relação às práticas da empresa.


4. Instituir políticas de governança transparentes e claras para garantir a integridade e eficácia das operações.



Além de adotar essas práticas internas, para a empresa ser reconhecida externamente como ESG ela pode ser signatária do Pacto Global da Organização das Nações Unidas (ONU) (pacto foi criado com o objetivo de incentivar as empresas a adotarem práticas mais sustentáveis). Uma empresa ESG também pode ser reconhecida pelos seus relatórios anuais de sustentabilidade. E outro modo de identificar empresas ESG são os selos de sustentabilidade  que ela porta. Alguns dos mais comuns são: Eu Reciclo, Sistema B, Fairtrade, Vegan Society, Cradle to Cradle, Green Key, entre diversos outros. 

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